DOXAS

29 maio 2006

Num intervalo de poucas horas O Mestre experimentou duas fortes emoções. A rejeição do Seu lado divino e a incompreensão da Sua missão messiânica por parte daqueles que mais O deviam entender, seguido da morte de um familiar querido, onde o traço dos propósitos divinos, comum aos dois, os ligava mais que qualquer ligação familiar ou de amizade. O escritor Mateus deixou-nos o registo na parte final do capítulo 13 e início do capítulo 14 do seu Evangelho.
A vida, quando compreendida numa dimensão celestial tem sabor amargo/doce, qual rolo ingerido por o apóstolo João. Nos momentos mais rebeldes da razão, invadidos pelos porquês que rasgam o sentido da fé, é-nos dado parecer sobre o valor da vida. O valor da vida visto em função do valor da morte, da partida, do afastamento real, da comunhão dos laços.
Como resultado, são legítimos os momentos de evasão, de "estar a sós", de chorar o amigo, o irmão (Mateus 14.13). Mas é o valor da vida que nos resgata de novo, nos traz de volta ao mundo real, de onde muitas vezes queremos sair, e nos impele a olhar os outros com substancia renovada, com qualidade melhorada, com urgência de amor (Mateus 14.14).
Em Jesus, achamos o Deus que sofreu como homem e o homem que sofreu sendo Deus" (Toresco).

1 Comments:

  • :) Muuito bom ler estas palavras Toresco!
    O valor da amizade em momentos assim é precioso...

    By Blogger Vilma, at 15:17  

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